quarta-feira, 13 de novembro de 2019

O APREÇO À MORALIZAÇÃO




Autoridades políticas e religiosas,
Afoitas em sugestões prodigiosas,
Apontam o quanto deve ser feito,
Para corrigir todo humano defeito.

Longe da informação do que fazem,
Adoram o dinheiro e auto-refazem,
Os planos de vasto poder ampliado,
Que permite deixar honroso legado.

Nos discursos moralistas de apelos,
Insinuam mais a culpa que modelos,
Para despertar sentimento devedor,
A atrofiar toda a força do pundonor.

Longe de levantar o ânimo para agir,
Inculcam o mecanismo de retroagir,
E frustram os clamores dos desejos,
Com culpados que boicotam os ejos.

Apelos moralizadores e prostrantes,
Eximem os inúmeros atos frustrantes,
Para justificar a inoperância do cargo,
E reafirmar o duro e pesado embargo.

Apelo a divinas instâncias superiores,
Banalizam os tão humanos pendores,
Já frouxos na crença de atendimento,
Porque perderam o denodo do alento.

Sobra uma fé fechada no subjetivismo,
Que só acata raciocínios de iluminismo,
Circunscritos na imanência duma razão,
Donde já não brota dinamismo de ação.


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