Oh encantada mãe de
Jesus,
Que na pequenez
transluz,
Uma rica pedagogia
divina,
Longe da imagética
cretina.
Deduções bem
fantasiosas,
De fartas obras
milagrosas,
Distantes da mulher de
fé,
Deturpam o inefável que
é.
Afoitas em alargar os
medos,
Apelam a supostos
segredos,
Para fazer ingênuas
induções,
Sobre o legado das
aparições.
Sob as retrógradas afirmações,
Surgem textos aos
borbulhões,
A prevenir possíveis
horrores,
Com os mumificados
fervores.
O apelo à iminente
desgraça,
Pregado pela deusa sem graça,
Nada percebe que do seja
bom,
Do desvelo vivido como
dom.
O olhar focado na depravação,
Em vez de itinerário
para ação,
Apela para praxes já
superadas,
Sem força às ações
desandadas.
Não se dirige nem a
autoridades,
Nem às influentes
notoriedades,
Para lhes dar um
palpite valioso,
Para eventual gesto
prestimoso.
Distante de ser uma
Maria irmã,
Apela em seu
choramingoso afã,
Ao combate contra os
inimigos,
No clima dos combates
antigos.
Da Maria ícone do rosto
divino,
A acalentar o ardor
pequenino,
Eleva-se aquela imagem
amiga,
Desta pedagoga nada
mendiga.
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