sexta-feira, 24 de março de 2023

SAUDADE DAS CARTAS MANUSCRITAS

 

 

Com informações rapidíssimas,

E coloridas ofertas diletíssimas,

Sob as velocidades alarmantes,

Situamo-nos pífios dependentes.

 

Fantástica mídia de informação,

Com a instantânea comunicação,

Conecta a belos mundos novos,

Do quanto acontece entre povos.

 

No fascínio de estar conectado,

Sob vasto mito do novo legado,

Mostrar-se ocupado no celular,

Desperta vitalidade a auscultar.

 

Suposta autonomia e liberdade,

Proclamada à máxima saciedade,

Oferece na vigilância e proteção,

Uma preciosa e barata guarnição.

 

O ledo engano da boa segurança,

Na facilidade da inovada herança,

Cria consumidores dependentes,

A devorar imagens contundentes.

 

O consumo do livre acesso a tudo,

Já não requisita qualquer estudo,

Mas produz vermes tão vorazes,

Que move economia de audazes.

 

Para o agrado dos consumidores,

A gratuita WEB e seus bastidores,

Vigiam a vida, disseminam medos,

Sob sistemas de sólidos segredos.

 

Oferecem segurança que monitora,

Sem diminuir violência que aflora,

E fragilizam bons direitos humanos,

Com desinformação e os enganos.

 

Indústria de Fake News sem ética,

Manipula numa falsa apologética,

A indução à dependência humana,

Da informação irreal que engana.

 

O tempo das cartas manuscritas,

Veiculava as noções circunscritas,

A negócios e pactos do coração,

Sem bombardeio de informação.

 

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