quarta-feira, 22 de março de 2023

ÁGUA

 



Condição essencial da vida,

Maltratada e tão denegrida,

Deságua agressiva e minada,

Com veneno, descontrolada.

 

Permeia o húmus dos solos,

E mata a vida dos subsolos,

Levando inseticidas e morte,

Com pesticida de toda sorte.

 

Mediadora de todo alimento,

Para nosso humano sustento,

Ativa complexo ecossistema,

Com o ambíguo estratagema:

 

Produz alimento necessário,

Na condição de cessionário,

Mas o impregna de veneno,

Dum químico extraterreno.

 

Mata as pequenas criaturas,

Que engendram agriculturas,

Para vitalidade de alimentos,

E tantos humanos proventos.

 

Ao vivificar a biologia do solo,

Vira refém de ambicioso dolo,

O foco voraz na agropecuária,

Que desequilibra lida agrária.

 

Sob pecuaristas e investidores,

A Terra de tantos deglutidores,

Eivada de ambição desmedida,

Padronizou uma dieta indevida.

 

Refém dos produtos pecuários,

E dependente dos mercenários,

Enche o solo com agroquímicos,

E deixa os humanos endêmicos.

 

As máquinas potentes e pesadas,

Com técnicas ágeis e sofisticadas,

Eliminam micro-organismos vitais,

E hipotecam nutrientes essenciais.

 

O avanço sobre encostas e serras,

Montanhas e ambiciosas guerras,

Desencadeiam eventos extremos,

De desastres ecológicos supremos.

 

Assim a água fundamental à vida,

Vítima da obsessão desmedida,

Facilita erosão e assoreamento,

E envenena o humano sustento.

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