quarta-feira, 11 de maio de 2022

ETHOS INGOVERNÁVEL

 


No auge do poder das redes,

Como bem pintadas paredes,

As novas técnicas arroubam,

E cada dia mais nos roubam.

 

Na sua aparência, libertam,

E cada vez mais acobertam,

O controle até nos detalhes,

Do cotidiano pelos entalhes.

 

Ninguém quer ser governado,

Mesmo sob o massacre irado,

De psicopata afoito por poder,

Levando as regras a se eroder.

 

Governantes sem governados,

Geram terrores desabilitados,

E exploram mídia motivadora,

Da nauseabunda ação censora.

 

Ensurdecidos ante o corpo social,

Veiculam opiniões sem fundo real,

Para a aparência visível e notável,

De retidão com lisura inimputável.

 

Se indústria digital já mercantiliza,

Todo pobre ser vivente que desliza,

Monetiza até quem tem seguidores,

Para os seus tresloucados pendores.

 

As pressupostas redes de pertença,

Proliferaram tão enganadora crença,

De uma lealdade em larga profusão,

Mas fecha cada um em sua posição.

 

Tudo terceirizado na era de serviço,

Arruma desencontro e largo enguiço,

Pois mando sem súdito que obedece,

Só produz a relação que ensandece.

 

 

 

 

 

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