sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

NATAL SEM ANIVERSARIANTE

 

 

Da festa de um memorial,

De raro atrativo sensorial,

Festejou-se rico presente,

De Deus à humana gente.

 

O presente feito um dom,

Tornou-se algo tão bom,

Para festar o nascimento,

Dum dadivoso momento.

 

Lembrar o aniversariante,

Gerava reação desafiante,

Para os sinais de bondade,

Duma melhor humanidade.

 

Os anos deixaram o canto,

Que exaltava amor santo,

A renovar-se na festança,

Para sólida perseverança.

 

Era o natal de mãos vazias,

Mas, cheias de primazias,

Dos sentimentos alegres,

E dos pequenos milagres.

 

Reatância de bom acerto,

Gerava o suave concerto,

De alegria na lida familiar,

Florindo âmbito domiciliar.

 

Veio o tempo consumista,

E desviou o fito da festa,

Para comilança excessiva,

Com liberdade permissiva.

 

Ao presente oferendado,

Espera-se outro devotado,

Em similar padrão de valor,

Mas com a emoção indolor.

 

Natal de tanta mão vazia,

Mas, com a farta fantasia,

Vitimiza os dóceis animais,

Seguindo apelos culturais.

 

Cadê Jesus aniversariante,

Tão esquecido e distante,

Relegado até por piedosos,

E altivos líderes religiosos?

 

Intento de anular saudação,

Dum Feliz Natal de coração,

Quis saudar só as boas férias,

Para ricas curtições deletérias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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