Da festa de um memorial,
De raro atrativo sensorial,
Festejou-se rico presente,
De Deus à humana gente.
O presente feito um dom,
Tornou-se algo tão bom,
Para festar o nascimento,
Dum dadivoso momento.
Lembrar o aniversariante,
Gerava reação desafiante,
Para os sinais de bondade,
Duma melhor humanidade.
Os anos deixaram o canto,
Que exaltava amor santo,
A renovar-se na festança,
Para sólida perseverança.
Era o natal de mãos vazias,
Mas, cheias de primazias,
Dos sentimentos alegres,
E dos pequenos milagres.
Reatância de bom acerto,
Gerava o suave concerto,
De alegria na lida familiar,
Florindo âmbito domiciliar.
Veio o tempo consumista,
E desviou o fito da festa,
Para comilança excessiva,
Com liberdade permissiva.
Ao presente oferendado,
Espera-se outro devotado,
Em similar padrão de valor,
Mas com a emoção indolor.
Natal de tanta mão vazia,
Mas, com a farta fantasia,
Vitimiza os dóceis animais,
Seguindo apelos culturais.
Cadê Jesus aniversariante,
Tão esquecido e distante,
Relegado até por piedosos,
E altivos líderes religiosos?
Intento de anular saudação,
Dum Feliz Natal de coração,
Quis saudar só as boas férias,
Para ricas curtições deletérias.
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