segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

IGREJA DA IMAGEM

 

 


Reativos a ataques emergentes,

Figurões religiosos eminentes,

Mostram-se bem empenhados,

Com a imagem e seus legados.

 

Na aparente feição de alegria,

As selfies da imagética euforia,

Visam mais o sucesso pessoal,

Que a animação de vida social.

 

Não perdem nenhum detalhe,

Para exibir lance com entalhe,

Da sua imagem perfeccionista,

Na rota obstinada e carreirista.

 

Adoram a sua própria imagem,

E fazem dela vistosa roupagem,

Para serem vistos e lembrados,

Como sucesso digno de brados.

 

Escancaram o sorriso artificial,

Como se fosse um manancial,

Místico duma espiritualidade,

A encantar à vasta saciedade.

 

Argutos discursos de retórica,

Com forte apelação eufórica,

Leva-os à venda de santidade,

Duma controlada religiosidade.

 

A santidade discursiva racional,

Não esconde contradição banal,

Que escancara afã por prestígio,

Evidente no vistoso supterfúgio.

 

A lida efetiva de autoritarismo,

Reflete o estranho mecanismo,

De apostar em fama e ascensão,

Como serviço de evangelização.

 

As aparências impecáveis e retas,

Ocultam as formas nada discretas,

De exemplaridades não virtuosas,

Para suas atribuições grandiosas.

 

Esquecem que o Cristo Redentor,

Agiu contra o processo opressor,

Que sob hipocrisia escancarada,

Dominava na ingrisia descarada.

 

 

 

 

 

 

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