sábado, 3 de novembro de 2018

APARÊNCIAS




Tão afoitamente procuradas,
E arduamente conquistadas,
Aparências movem mundos,
E produzem ódios iracundos.

No centro do altar honorífico,
Irradia-se o poder específico,
Desta procrastinada dinastia,
Que tudo quer e nada anistia.

Ao repartirem algo das sobras,
Visam tão refinadas manobras,
Da visível e aparente bondade,
Só como penhor da gratuidade.

Presumidas ofertas generosas,
Com boas referências elogiosas,
Dão ao poder o ar de ostentação,
Com visibilidade de consagração.

Distante da partilha do coração,
Arroga-se o belo ar de salvação,
E atrela multidões ao servilismo,
Com reputado e adverso cinismo.

Sem a partilha transformadora,
Pífia barganha da ação doadora,
Não melhora o nível da sociedade,
Nem reduz carências de saciedade.

Nas partilhas da vida enternecida,
A contingência humana enriquecida,
Verá  as transformações desejadas,
Sem as falsas promessas proteladas.




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