quinta-feira, 29 de novembro de 2018

A DEMORA




Já não se suporta o dia e a hora,
Se um anseio produzido demora,
Mais que o ritmo da informação,
Pois esperar produz a apreensão.

Antiga noção da espera fecunda,
Desencadeia satisfação profunda,
Na certeza que o húmus da terra,
Vitaliza o que a semente encerra.

Tantas esperas se tornam valiosas,
Muito mais que pedras preciosas,
Quando uma vida se complexifica,
E confirma o melhor que significa.

Uma espera que aguça a acolhida,
Acelera preparação enternecida,
Para fruir a riqueza tão desejada,
Com a presença muito almejada.

Esta espera dinâmica e prazerosa,
Põe a sensibilidade em polvorosa,
Para ajustar bom clima acolhedor,
A quem vem com seu rico pendor.

A bondade da presença solidária,
Recria de maneira extraordinária,
A certeza de que a rica presença,
Renova e inova toda boa crença.

A antevisão de futuro mais feliz,
Desperta premonição que prediz,
Que bem querer na vida humana,
Alarga a razão de ser que irmana.







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