Já não reina a ética da retidão,
Nem da honesta manifestação,
E a escola social da atualidade,
Enaltece mentira com vaidade.
Basta alguém afirmar um fato,
Que o entrevistador do relato,
Ouve o fautor da suposta ação,
E ele sempre ratifica a negação.
Escola lídima ensinando mentira,
Produz uma graciosa tranqueira,
Para uma presumida inocência,
Com apelo à mais reta decência.
Negam-se os fatos com ar altivo,
Para apelar a raciocino paliativo,
De clara e errônea interpretação,
Perante ordeira e ilibada atuação.
Mentira no ordinário do cotidiano,
Mesmo a desencadear vasto dano,
Vira belo ato pedagógico da mídia,
Com o exemplo da esperta perfídia.
Nesta educação a encurtar distância,
Verdade constitui uma irrelevância,
Diante duma mentira convincente,
Que recebe aprovação beneficente.
Mentira repetida ajuda a convencer,
Que malandragem leva a esvanecer,
Honesta índole de reta explicitação,
Pois importa encantar na insinuação.
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