quinta-feira, 19 de setembro de 2019

MUNDOS SOBRANTES





Mundos culturais e subjetivos,
Constituem centrais lenitivos,
Para boas interações pessoais,
Neste mar de lidas impessoais.

Dependência vinculada a afeto,
Deixa tão frágil e nada discreto,
O vínculo da pertença a grupos,
Pois causam inúmeros apupos.

Na percepção tão causticante,
De sentir-se massa sobrante,
Fervem sentimentos variados,
Que causam  pruridos irados.

Ver-se na condição descartada,
Amplia o alarme em disparada,
De inconformismo com crueza,
Diante do sumiço da presteza.

A inquietude do fato adverso,
Revira todo o humor disperso,
Para culpar a maldade sentida,
E vingar a consternação ferida.

Aceitar perdas tão evidentes,
Com dissabores bem ingentes,
Induz ao namorisco da solidão,
Para ser parceira na desilusão.

Recomeçar tudo mais uma vez,
Sem nenhuma segura solidez,
É a sina do amargo rol da vida,
Que leva à glória enternecida.



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