Velho mito indo-europeu,
Tantos mundos escafedeu,
Para dominar e submeter,
E em tudo se intrometer.
A acepção do insubmisso,
Já criava o compromisso,
De declará-lo um inimigo,
E persegui-lo pelo perigo.
O desejo do que ele tinha,
Virava direito a briguinha,
Para a posse do seu bem,
E deixa-lo indefeso refém.
A doentia crença na razão,
O paraíso de feliz profusão,
Saciaria de bens os viventes,
E os deixaria bem contentes.
No rumo único da felicidade,
Indicou consumo à saciedade,
Mas, dito paraíso virou fugaz,
E surrupiou toda humana paz.
A busca de poder e consumo,
Gerou lixo no humano prumo,
E tudo quanto é descartável,
Afetou o humano vulnerável.
Sobra o rol do lixo relegado,
Porque o paraíso propalado,
Frustra em larga abundância,
E gera frustrada convivência.
Este modo que emburreceu,
Criou paranoicos no himeneu,
Pretensos heróis mandantes,
A cada dia mais intolerantes.
Criam as polarizações cruciais,
Veem adversários como rivais,
E vociferam contra os inimigos,
Que não são submissos amigos.
A sua patologia é a da lamúria,
E vociferam o ódio com injúria,
Criado, ampliado e difundido,
Para justificar foco denegrido.
Pensam o Eu no lugar do “nós”,
Insensíveis ante a coletiva voz,
Mas, atrelados às hierarquias,
Do poder de pífias oligarquias.
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