quinta-feira, 9 de maio de 2024

NO REINO DO PENSAMENTO ÚNICO


 

Velho mito indo-europeu,

Tantos mundos escafedeu,

Para dominar e submeter,

E em tudo se intrometer.

 

A acepção do insubmisso,

Já criava o compromisso,

De declará-lo um inimigo,

E persegui-lo pelo perigo.

 

O desejo do que ele tinha,

Virava direito a briguinha,

Para a posse do seu bem,

E deixa-lo indefeso refém.

 

A doentia crença na razão,

O paraíso de feliz profusão,

Saciaria de bens os viventes,

E os deixaria bem contentes.

 

No rumo único da felicidade,

Indicou consumo à saciedade,

Mas, dito paraíso virou fugaz,

E surrupiou toda humana paz.

 

A busca de poder e consumo,

Gerou lixo no humano prumo,

E tudo quanto é descartável,

Afetou o humano vulnerável.

 

Sobra o rol do lixo relegado,

Porque o paraíso propalado,

Frustra em larga abundância,

E gera frustrada convivência.

 

Este modo que emburreceu,

Criou paranoicos no himeneu,

Pretensos heróis mandantes,

A cada dia mais intolerantes.

 

Criam as polarizações cruciais,

Veem adversários como rivais,

E vociferam contra os inimigos,

Que não são submissos amigos.

 

A sua patologia é a da lamúria,

E vociferam o ódio com injúria,

Criado, ampliado e difundido,

Para justificar foco denegrido.

 

Pensam o Eu no lugar do “nós”,

Insensíveis ante a coletiva voz,

Mas, atrelados às hierarquias,

Do poder de pífias oligarquias.

 

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