Elaborado pela humana inteligência,
Feito poderoso deus sem clemência,
Cobra lealdade e alto desempenho,
E voracidade com avanço ferrenho.
Não importa ser leal, bom e honesto,
Nem justo e compassivo ante doesto,
Mas, o desempenho máximo e focado,
Para poder esnobar um imenso legado.
Aparência como virtude excelsa e boa,
Estimula rivalidade e anda sem
balroa,
Para não desacelerar a larga
produção,
E fruir a bênção da vistosa
acumulação.
Este deus com profetas insinuadores,
Canaliza genuínos e belos pendores,
Para a entrega abnegada à eficiência,
Que desperte a invejável abundância.
Lentidão e desaceleração são pecados,
Graves e imperdoáveis para aplicados,
Na fidelidade a desejos mirabolantes,
E que requerem rivalidades brilhantes.
Ansiedade negativa vinda da obsessão,
Vê nos outros uma perigosa obstrução,
A ser perseguida e derrotada com
vigor,
A fim de expandir o consumista pudor.
No consumo, o glamour
sensacionalista,
Da aparência e imagem perfeccionista,
Oferece ao deus da honraria
expandida,
Um preito pela acumulação conseguida.
Sumida toda capacidade contemplativa,
Some o encantamento pela beleza
ativa,
Advinda de pessoas e da biodiversidade,
Em coisas pequenas e gratas à
saciedade.
Tempo de amizades e afetos ainda
reluz,
Para apontar o rumo que não só
produz,
Mas aponta para o Deus de bem-querer,
E da grandeza dos gestos de
enternecer.
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