Quando se deseja,
O algo que enseja,
E supra a vontade,
Cresce a maldade.
No centro do “eu”,
O fogo Prometeu,
É a minha vontade,
Pedindo saciedade.
Cego imediatismo,
Prenhe de cinismo,
Acumula projeções,
E insanos pelotões.
Farta prosperidade,
Ocupa sua vontade,
E substitui a divina,
Pela posse cretina.
Quer tudo imediato,
Com milagre barato,
Para mais conquistar,
E a barganha alastrar.
Visa muitos aplausos,
Preso em seus clausos;
Sem perceber o alheio,
Nem seu próprio meio.
Cego ao vasto clamor,
Não entende o amor,
Nem anseio do pobre,
Porque só vê o nobre.
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