domingo, 2 de junho de 2024

COMUNICAÇÃO DA NATUREZA

 

 

Apresenta orquestra de clamores,

Com o berro dos feridos humores,

Das organizações vivas do planeta,

No seu toque fúnebre de trombeta.

 

Águas, montanhas e várzeas feridas,

Por vorazes mãos humanas abatidas,

Choram prantos de dor e sofrimento,

Sem sensibilizar um humano alento.

 

Cega impostura política e econômica,

De uma iluminista ambição sistêmica,

Insensibiliza os humanos adoentados,

Para perceber clamores desesperados.

 

Assim, seguem na obstinação mórbida,

De exploração irresponsável e sórdida,

Sem a empatia e cordial solidariedade,

Com sistemas de vida em precariedade.

 

Sem a percepção de novo paradigma,

A teimosia em sacralizar falso estigma,

Gera variadas doenças sócioambientais,

Que já inibem os sadios estados mentais.

 

Nesta patologia da ambição progressista,

Criam-se leis com a justificativa fascista,

Para extrair e sugar da imensa natureza,

A ínfima condição viva da sua inteireza.

 

Neste relacionamento tão interesseiro,

Não se ouve o intenso grito sorrateiro,

Da linguagem advinda do vasto sistema,

Apelando à simbiose de bom emblema.

 

Enquanto o vasto processo de produção,

Aponta para a mortal e lesiva destruição,

Sob uma adoração do deus agronegócio,

Come-se mineração para render negócio.

 

Sob as dores das biodiversidades dos rios,

Expressam-se apelos aos humanos brios,

Para projetar uma prosperidade de vida,

Com sensível respeito à natureza ferida.

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