Apresenta orquestra de clamores,
Com o berro dos feridos humores,
Das organizações vivas do planeta,
No seu toque fúnebre de trombeta.
Águas, montanhas e várzeas feridas,
Por vorazes mãos humanas abatidas,
Choram prantos de dor e sofrimento,
Sem sensibilizar um humano alento.
Cega impostura política e econômica,
De uma iluminista ambição sistêmica,
Insensibiliza os humanos adoentados,
Para perceber clamores desesperados.
Assim, seguem na obstinação mórbida,
De exploração irresponsável e
sórdida,
Sem a empatia e cordial
solidariedade,
Com sistemas de vida em precariedade.
Sem a percepção de novo paradigma,
A teimosia em sacralizar falso
estigma,
Gera variadas doenças sócioambientais,
Que já inibem os sadios estados mentais.
Nesta patologia da ambição progressista,
Criam-se leis com a justificativa
fascista,
Para extrair e sugar da imensa natureza,
A ínfima condição viva da sua
inteireza.
Neste relacionamento tão
interesseiro,
Não se ouve o intenso grito
sorrateiro,
Da linguagem advinda do vasto
sistema,
Apelando à simbiose de bom emblema.
Enquanto o vasto processo de
produção,
Aponta para a mortal e lesiva
destruição,
Sob uma adoração do deus agronegócio,
Come-se mineração para render
negócio.
Sob as dores das biodiversidades dos
rios,
Expressam-se apelos aos humanos
brios,
Para projetar uma prosperidade de
vida,
Com sensível respeito à natureza
ferida.
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