Sob incomum missionariedade,
Veicula para toda a sociedade,
Deus prodigioso de proventos,
Para montanhas de alimentos.
Profetas apregoam categóricos,
Paraísos milagrosos e retóricos,
Para a felicidade humana plena,
Com acumulação farta e serena.
O deus deste presumido milagre,
Age com gases sobre o almagre,
E produz circularidade trinitária,
Duma estufa calórica planetária.
É o deus do dióxido de carbono,
Com adorado efeito de metano,
Engrandecido pelo óxido nitroso,
A oferecer um alimento suntuoso.
Com seu potencial, virou deus fogo,
A viver do ozônio, bom mistagogo,
Que adora o esterco e o agrotóxico,
Como ação eficaz de humor tóxico.
Tão bem proclamado pelos efeitos,
De adubos nitrogenados perfeitos,
Faz hominídeos arfar ares ofegantes,
Com as agroecologias estonteantes.
Voz sólida e categórica da fortuna,
Não se sente em nada inoportuna,
Para exaurir a última gota de vida,
Favorável a poderes sem medida.
Esta trindade, já insensível à vida,
Alimenta uma ambição desmedida,
Que tudo contamina para produção,
Mesmo que custe humana condição.
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