sexta-feira, 24 de maio de 2024

ARMAS CREPITANTES


 

Adoradas pelos senhores da morte,

Delineiam rumos da humana sorte,

Rígidos e durões com lida humana,

Fazem da sua vontade a lei insana.

 

Aprendem táticas de ódio e morte,

Com personalidade racional e forte,

E ignoram retos mecanismos de paz,

Para fazer o que ao interesse apraz.

 

Investem os recursos astronômicos,

Não para acalmar os seres atônitos,

Mas, para mata-los com crueldade,

Se não se submetem à sua vontade.

 

Formados para o pensamento único,

Encaram discordância com ar cínico,

E revidam com intimação e ameaça,

Escorados em armadura de couraça.

 

Acostumados ao crepitar de armas,

Pervagam longínquas regiões ermas,

Para ampliar o seu domínio mórbido,

Como modo mais absurdo e sórdido.

 

Longe de semear a paz e conciliação,

Alargam mortes com procrastinação,

Para exibirem, valentes e destemidos,

A condecoração de pérfidos alaridos.

 

Prefiro uma semeadura da esperança,

Contra a aposta de armas de matança,

Pois, apenas aponta para tragicidade,

Sem o ansiado futuro da humanidade.

 

Se os senhores da guerra movem ódio,

O olhar sensível aponta o outro pódio,

Que mistura emoção e desejo de vida,

Para relação humanóide enternecida.

 

 

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