Antigas guerras, como fenícias e
espartanas,
Ampliaram-se nas táticas gregas e
romanas,
Para submeter povos invadidos à sua
crença,
E explorá-los economicamente na
pertença.
O submetido, ao pensar ideia do
dominador,
Submetia-se passivamente a jogo
enganador,
E feito um fraco na reação à ordem
mandante,
Adotava mentira de sonho para vida
diletante.
Na dominação cultural de nossos
tristes dias,
Canta-se a glória da intimidade em
melodias,
Para que sonhem com estripulias nas
camas,
E nem sequer percebam cibernéticas
tramas.
Os já reduzidos e seletos ricos e
poderosos,
Fazem da vida de aventureiros
escabrosos,
Sonho dos pobres esmilingüidos e
pacatos,
Para largo consumo de produtos
caricatos.
Divulgam sobre o que interessa ao
acúmulo,
Mesmo se leva mundão de pobre ao
túmulo,
Asseguram amplo estilo de vida
consumista,
Para garantir a ascensão rompante e
elitista.
O recurso de maior resultado é o da
mentira,
Repetida exaustivamente para pobre
caipira,
Com insistente negacionismo para a
facilidade,
Gera vida sem a ação para mudar a
sociedade.
Assim, o capitalismo de rapinagem
controlada,
Faz do capital financeiro a invasão
desandada,
Para consagrar um tecnofeudalismo
perverso,
Sem encontrar resistência no mundo
disperso.
Sem resistência à espoliação de mato
e terra,
O agronegócio envenena o planeta e
prospera,
Porque os intelectuais a serviço dos
hiper-ricos,
Ambicionam ficar por cima dos pobres
nanicos.