A vetusta procrastinação humana,
Adorada, mesmo que seja insana,
Associa a felicidade com os lucros,
Vindos de disfarçados simulacros.
Importa que todo objeto rendoso,
Produza crescimento e largo gozo,
E quaisquer meios devem facilitar,
O desejo mórbido por conquistar.
As guerras, tão centrais na mídia,
Revelam uma abominável perfídia:
Que vidas humanas só importam,
Para atiçar ódio que não suportam.
Ao apelarem às sofisticadas armas,
O lucro com as pessoas estafermas,
Gera o apreciável retorno de renda,
A partir do largo consumo da venda.
Quanto mais armamento detonado,
Mais este consumo pré-estimulado,
Assegura um farto e polpudo lucro,
Com a perspectiva dum sobrelucro.
Nesta produção de armas de morte,
Não importa valor da humana sorte,
Mas o que gera fartura de dinheiro,
Com um perverso processo grileiro.
Pessoas estimuladas a se trucidarem,
Vítimas inocentes da cruel rapinagem,
Dão menos lucro que armas de morte,
E a sua supremacia na humana sorte.
Uns morrem para ambição de outros,
E sob os condicionamentos sinistros,
Pouco agregam a armas sofisticadas,
Mas rendem às fábricas incivilizadas.
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